Nossas armas são as da democracia, reafirma Direção Nacional da CUT
A Direção Nacional da CUT,
reunida em Brasília no dia 14 de agosto, manifesta seu mais veemente repúdio a
qualquer tentativa de impeachment da presidenta Dilma, eleita democraticamente
pela população brasileira, ao mesmo tempo em que expressa sua posição contrária
à atual política econômica, que leva o país à recessão e penaliza a classe
trabalhadora com o desemprego e a perda de direitos.
Resistiremos ao golpe junto com os movimentos sociais e com o
povo na rua no dia 20 de agosto em defesa dos direitos, da liberdade e da
democracia. Faremos das campanhas salariais em curso neste semestre uma
trincheira na defesa dos reajustes dos salários dos trabalhadores, dos direitos
trabalhistas e contra qualquer tipo de golpe e, se for necessário,
paralisaremos o país com a greve geral em defesa da democracia.
Lutaremos contra a pauta
conservadora imposta pelo Congresso, que promove o retrocesso político, o
preconceito e a intolerância, retira direitos e entrega o patrimônio
público a empresas estrangeiras. Somos contrários à agenda proposta pelo
presidente do senado Renan Calheiros-Levy que promove a agenda neoliberal no
país. Nossa agenda é outra, em torno dela mobilizaremos a classe trabalhadora.
Queremos mudança da atual política econômica. Faremos a defesa intransigente da
Petrobrás, contra o projeto do Senador José Serra que altera o regime de
partilha na exploração do Pré-Sal. Estaremos nas ruas e no Congresso contra o
PLC 30/15 que permite a terceirização da atividade-fim, contra a lei
antiterrorismo e contra a redução da maioridade penal.
No lugar da atual política
econômica recessiva, que cria condições para a restauração neoliberal e para um
novo ciclo de reestruturação produtiva das empresas, que utilizará, entre
outros instrumentos, a redução de postos de trabalho, a CUT defende a retomada
do crescimento com base no investimento, no fortalecimento da indústria e da
agricultura familiar, na ampliação do emprego, na redistribuição de renda, no
combate à desigualdade e na inclusão social.
A saída da crise é com o
povo nas ruas defendendo a democracia, as reformas populares e uma política
econômica coerente com o projeto vitorioso nas urnas.
São Paulo, 14 de agosto de
2015.
DIREÇÃO NACIONAL DA CUT
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